A Neonatologia Portuguesa tem apresentado resultados assistenciais notáveis e em crescendo ao longo dos anos, fruto do trabalho diário e empenhado dos neonatologistas e suas equipas multidisciplinares por todo o país.
A Sociedade Portuguesa de Neonatologia tem dado um importante contributo na Formação pós-graduada, na estruturação de Registos, tal como o Registo Nacional de Recém-nascidos de Muito Baixo Peso, na dinamização da investigação científica, na relação com outras sociedades congéneres internacionais e associações de pais, no apoio sempre que necessário ao Ministério da Saúde e Ordem dos Médicos e na informação à sociedade em geral.
A lista A candidata-se à Direção da Sociedade Portuguesa de Neonatologia para o Triénio 2017-2019 com um programa que pretende consolidar os bons resultados alcançados nos triénios anteriores, assim como com novas propostas que esperamos poderem permitir uma maior projecção nacional e internacional da  Neonatologia Portuguesa.
Os cuidados neonatais são cada vez mais fruto do trabalho de uma equipa multidisciplinar que integra, para além dos neonatologistas, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos entre outros. Assim, também as atividades da Sociedade de Neonatologia deverão ser enriquecidas, incentivando a colaboração de todos os elementos da equipa neonatal.
A divulgação internacional dos excelentes resultados da Neonatologia nacional tem sido pouco expressiva. Pretende esta Direção divulgar em revistas de reconhecido valor o importante trabalho na área neonatal que se tem feito no nosso país.
Na linha de Direções anteriores e de acordo com os Estatutos da Sociedade, apresentamo-nos como um grupo constituído por Direção e Comissões de Trabalho para a formação, registos e a investigação em várias áreas de interesse neonatal.
Assim propomos:

1. Formação pós-Graduada
1.1- Organizar anualmente uma Reunião Cientifica, em vários pontos do país, e durante o triénio uma reunião internacional em parceria com outras Sociedades de Neonatologia ou da área da Medicina Perinatal.
1.2- Continuar a promover ações formativas periódicas e descentralizadas de caráter teórico-prático, abrangendo as áreas neonatais mais pertinentes tais como imagiologia do SNC e cardíaca, epidemiologia, desenvolvimento, cuidados paliativos neonatais, nutrição, gestão de cuidados de saúde, incidentes críticos e qualidade.
1.3- Incentivar as ações de formação em reanimação neonatal, nomeadamente com acreditação dos cursos e formação de formadores que poderão replicar o ensino em todos os hospitais do país onde nasçam crianças.
1.4- Incentivar a apresentação de trabalhos de qualidade nas reuniões da Sociedade com atribuição de prémios, nomeadamente a inscrição num curso ou reunião ou assinatura de uma revista.
1.5- Incentivar a formação de outros elementos prestadores de cuidados ao recém-nascido, nomeadamente médicos de Medicina Geral e Familiar e Enfermeiras Parteiras

2- Dinamização da Investigação Cientifica
2.1- Promover e dinamizar estudos multicêntricos que permitam conhecer melhor a nossa realidade neonatal, ajudem a melhorar a qualidade dos serviços prestados e difundam no país e no exterior a nossa experiência.
2.2- Continuar a promover a execução e revisão dos Consensos de Prática Clínica, sua interligação com as Normas e Orientações da Direção Geral de Saúde e sua ampla divulgação por todos os neonatologistas em suporte eletrónico, depois da sua apresentação e discussão em reunião nacional e no Fórum Neonatal.
2.3- Promover a atribuição de uma Bolsa de estudo em nome da SPN para trabalho de investigação relevante no campo dos cuidados peri-natais.
2.4- Manter e apoiar Bolsas atribuídas pela Industria Farmacêutica, convocando os júris de atribuição das bolsas, zelando pelo cumprimento das regras de atribuição e promovendo a divulgação dos resultados dos estudos.
2.5- Promover junto dos Sócios a publicação de trabalhos no Journal of Pediatric and Neonatal Individualized Medicine (JPNIM), revista oficial da SPN.
2.6- Divulgar os resultados da Neonatologia nacional, sob a forma de artigos publicados em revistas internacionais de importante fator de impacto, nomeadamente através da exploração dos dados da rede de Registo do Muito Baixo Peso.

3- Registo Nacional de Recém-nascidos de Muito Baixo Peso
3.1- Manter a responsabilidade pelo registo e seu financiamento, nomeadamente assumindo os custos do trabalho da empresa responsável pelo tratamento dos dados.
3.2- Cooperar estreitamente com o Grupo Coordenador Nacional, zelando pelo cumprimento das regras de funcionamento, tentando facilitar o registo por parte dos neonatologistas e estudo e divulgação a nível internacional dos principais dados obtidos ao longo dos anos.

3.3- Incentivar a manutenção do registo de seguimento dos RNMBP e estudo dos seus dados.

3.4-Integração dos dados do Registo do Muito Baixo Peso na rede europeia e-newborn

4- Cooperação com outras Sociedades e Instituições.

4.1- Manter ligação estreita à Sociedade Portuguesa de Pediatria e às suas diversas secções com especial relevância para a Neonatologia.

4.2- Incentivar a articulação com sociedades de Medicina perinatal nomeadamente a Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal, Associação de Diagnóstico Pré-Natal.

4.3- Estabelecer contacto estreito com associações de Medicina Geral e Familiar.

4.4- Manter a participação da SPN na União Europeia das Sociedades Neonatais e Perinatais (UENPS) e a cooperação com Sociedades congéneres estrangeiras nomeadamente com a  Sociedade Ibero Americana de Neonatologia e Sociedade Espanhola de Neonatologia.

4.5- Estabelecer relações com neonatologistas e organizações neonatais de países de língua oficial portuguesa.

4.6- Articular com o Ministério da Saúde nomeadamente com a Direção Geral de Saúde e Comissão Nacional da Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, em todos os assuntos pertinentes aos cuidados ao recém-nascido.

4.7- Cooperação com a Direção do Colégio da Subespecialidade de Neonatologia e com o Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos na orientação de políticas do foro neonatal e em ações de formação pós-graduada.

4.8- Divulgação da área da Neonatologia na formação pré-graduada nomeadamente nas Faculdades de Medicina.

5.Comunicação

5.1- Promover a comunicação entre todos os Sócios, entre estes e outros profissionais de saúde, e com o público em geral, com especial enfase para pais e famílias.

5.2- Facilitar a integração multidisciplinar na SPN de Sócios com diferentes diferenciações na área da neonatologia.

5.3- Continuar a completa renovação do site da SPN, com entre outros, atualização frequente da Secção de Noticias, reativação da Secção “Para os pais”, criação de links remetendo para trabalhos que foram realizados pelos neonatologistas nacionais para a sua divulgação geral, e links para artigos de referência na área neonatal publicados internacionalmente.

5.4- Reativar o envio por mail de Boletim informativo/newsletter periodicamente.

Procurar que os Sócios tenham uma participação ativa com envio de variados tipos de colaboração. A newsletter deverá ter link para o site da SPN e para o Fórum Neonatal para incentivar os seus acessos.

6- Intervenção Social

6.1- Manter a colaboração com as Associações de Pais de Recém-nascidos Prematuros, outras Associações de apoio ao Recém-nascido e a crianças com necessidades especiais e a consultadoria técnica com a XXS.

6.2- Colaborar com a Sociedade Civil sempre que seja necessário um esclarecimento técnico no âmbito da Neonatologia.

7-Aspectos organizativos

7.1- Consolidar a passagem da antiga Secção a SPN, nomeadamente com alteração da terminologia em todos os documentos pertinentes.

7.2- Manter as Comissões existentes: para a Investigação, para os Consensos, do Registo Nacional do MBP, de imagiologia do SNC e procurar formar novas nomeadamente na área dos cuidados paliativos neonatais, da ética e da nutrição.

7.3- Colaborar estreitamente com o Gestor da página eletrónica, com o grupo Coordenador do Registo Nacional do MBP e com os consultores de epidemiologia.

7.4- Manter a ligação à UENPS através de representantes portugueses.

7.5- Manter a viabilidade económica. Considerar o apoio de entidades e empresas ligadas ou não à área da saúde.

7.6- Convocar reunião com o Conselho Consultivo sempre que tal seja pertinente.