A Sociedade Portuguesa de Neonatologia, fundada em 1986, faz parte da Sociedade Portuguesa de Pediatria.
Integra como sócios os pediatras, neonatologistas, enfermeiros e outros profissionais de saúde que se relacionam com os problemas dos recém-nascidos.
Tem como objetivos principais:
- A formação e atualização contínua dos profissionais que se dedicam à neonatologia, promovendo e participando em seminários, reuniões temáticas e congressos nacionais e internacionais.
- A identificação e investigação dos problemas neonatais portugueses, de modo a propor as melhores soluções quer locais, quer a nível nacional.
- A promoção da investigação na área da neonatologia.
O entusiasmo dos seus associados tem permitido que ao longo destes 30 anos de existência, a Sociedade Portuguesa de Neonatologia se tenha vindo a afirmar interna e externamente como uma dinâmica associação de reconhecido valor cientifico na área da Neonatologia
Queira por favor consultar o seu Historial e o seu Regulamento.
Programa
A Neonatologia Portuguesa tem apresentado resultados assistenciais notáveis e em crescendo ao longo dos anos, fruto do empenho e trabalho diário dos neonatologistas e suas equipas multidisciplinares.
A Sociedade Portuguesa de Neonatologia tem contribuído de forma muito relevante na Formação pós-graduada, na estruturação de Registos, tal como o Registo Nacional de Recém-nascidos de Muito Baixo Peso e na dinamização da investigação científica nesta área médica. Tem prestado apoio de consultadoria sempre que solicitado pelo Ministério da Saúde e Ordem dos Médicos. Aprofundou ao longo do tempo a sua relação com outras sociedades congéneres internacionais. Tem sido parceira na informação à Sociedade em geral, bem como na dinamização de associações de pais, assim como no apoio e formação aos pais e famílias.
A Direção da Sociedade Portuguesa de Neonatologia para o Triénio 2020-2022 com este programa pretende consolidar os excelentes resultados alcançados nos triénios anteriores, bem como elencar novas propostas que poderão contribuir para uma maior projeção nacional e internacional da Neonatologia Portuguesa.
Os cuidados neonatais são cada vez mais fruto do trabalho de equipas multidisciplinares que integram, para além dos neonatologistas, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas da fala, psicólogos, pedopsiquiatras, assistentes sociais, entre outros. Assim, também as atividades da Sociedade de Neonatologia deverão ser enriquecidas, incentivando a colaboração de todos os elementos da equipa neonatal, bem como manter estreita ligação com a Obstetrícia, a Pediatria e as Subespecialidades Pediátricas, a Cardiologia e Cirurgia Pediátrica.
A divulgação internacional dos excelentes resultados da Neonatologia nacional mantém-se pouco expressiva. Pretende esta Direção dinamizar a publicação de artigos em revistas de reconhecido valor, de forma a divulgar o importante trabalho na área neonatal que se tem feito no nosso país.
Na linha de Direções anteriores e de acordo com os Estatutos da Sociedade, apresentamo-nos como um grupo constituído por Direção e Comissões de Trabalho para a formação, registos e investigação em várias áreas de interesse neonatal.
Assim propomos:
- Formação pós-Graduada
1.1- Organizar anualmente uma Reunião Científica, em vários pontos do país, e durante o triénio uma reunião internacional em parceria com outras Sociedades de Neonatologia ou da área da Medicina Perinatal.
1.2- Continuar a promover ações formativas periódicas e descentralizadas de caráter teórico-prático, abrangendo as áreas neonatais mais pertinentes tais como imagiologia do SNC e cardíaca, epidemiologia, desenvolvimento, cuidados paliativos peri e neonatais, nutrição, gestão de cuidados de saúde, incidentes críticos e qualidade. Promover cursos de Monitorização Cerebral por aEEG. Propor cursos/ workshop em Bioética, Comunicação e Humanização de Cuidados.
1.3- Incentivar as ações de formação em suporte de vida neonatal, nomeadamente com acreditação e implementação em Portugal do curso Newborn Life Support do European Ressuscitation Council. Para tal, será necessário a formação de novos formadores que poderão replicar o ensino em todos os hospitais do país onde nasçam crianças.
1.4- Incentivar a apresentação de trabalhos de qualidade nas reuniões da Sociedade com atribuição de prémios, nomeadamente a inscrição num curso ou reunião ou assinatura de uma revista.
1.5- Incentivar a formação de outros elementos prestadores de cuidados ao recém-nascido, nomeadamente médicos de Medicina Geral e Familiar e Enfermeiras Parteiras.
2- Dinamização da Investigação Científica
2.1- Promover e dinamizar estudos multicêntricos que permitam conhecer melhor a nossa realidade neonatal, ajudem a melhorar a qualidade dos serviços prestados e difundam no país e no exterior a nossa experiência.
2.2- Continuar a promover a execução e revisão dos Consensos de Prática Clínica, sua interligação com as Normas e Orientações da Direção Geral de Saúde e sua ampla divulgação por todos os neonatologistas em suporte eletrónico, depois da sua apresentação e discussão em reunião nacional e no Fórum Neonatal.
2.3- Promover a atribuição de uma Bolsa de estudo em nome da SPN para trabalho de investigação relevante no campo dos cuidados peri-natais.
2.4- Manter e apoiar Bolsas atribuídas pela Indústria Farmacêutica, convocando os júris de atribuição das bolsas, zelando pelo cumprimento das regras de atribuição e promovendo a divulgação dos resultados dos estudos.
2.5- Promover junto dos Sócios a publicação de artigos no Journal of Pediatric and Neonatal Individualized Medicine (JPNIM), revista oficial da UENPS – Union of European Neonatal and Perinatal Societies da qual a SPN é membro. Divulgar a revista no site da SPN
2.6- Divulgar os resultados da Neonatologia nacional, sob a forma de artigos publicados em revistas internacionais de importante fator de impacto, nomeadamente através da exploração dos dados da rede de Registo do Muito Baixo Peso.
2.7- Divulgar os trabalhos publicados por profissionais de saúde ligados à neonatologia, assim como outros com interesse relevante na área, no site da SPN e no Fórum Neonatal.
3- Registo Nacional de Recém-nascidos de Muito Baixo Peso
3.1- Cooperar estreitamente com o Grupo Coordenador Nacional. Zelar pelo cumprimento das regras de funcionamento, tentando incentivar o registo por parte dos neonatologistas e promovendo o estudo e divulgação a nível nacional e internacional dos principais dados obtidos ao longo dos anos.
3.2- Manter a responsabilidade pelo registo e seu financiamento, nomeadamente assumindo e otimizando os custos do trabalho da empresa responsável pelo tratamento dos dados.
3.3- Incentivar a manutenção do registo de seguimento dos RNMBP e estudo dos seus dados. Promover realização anual de reunião com os coordenadores locais das unidades participantes.
3.4- Manter a colaboração com redes internacionais, nomeadamente eNewborn
3.5- Desenvolver e otimizar parceria com o ISPUP
3.6- Reavaliar a parceria RNMBP/Meliora.
4- Cooperação com outras Sociedades e Instituições
4.1- Manter ligação estreita à Sociedade Portuguesa de Pediatria e às suas diversas secções com especial relevância para a Neonatologia.
4.2- Incentivar a articulação com sociedades com interesse na Medicina Perinatal nomeadamente a Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal e Associação de Diagnóstico Pré-Natal. Propomos ainda articulação com a Sociedade Portuguesa de Simulação Aplicada às Ciências da Saúde.
4.3- Estabelecer contacto estreito com associações de Medicina Geral e Familiar.
4.4- Manter a participação da SPN na UENPS e a cooperação com Sociedades congéneres estrangeiras nomeadamente com a Sociedade Ibero Americana de Neonatologia e Sociedade Espanhola de Neonatologia.
4.5- Incentivar relações com neonatologistas e organizações neonatais de países de língua oficial portuguesa.
4.6- Articular com o Ministério da Saúde nomeadamente com a Direção Geral de Saúde e Comissão Nacional da Saúde Materna, da Criança e do Adolescente, em todos os assuntos pertinentes relativos aos cuidados ao recém-nascido.
4.7- Cooperação com a Direção da Subespecialidade de Neonatologia do Colégio de Pediatria e com o Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos na orientação de políticas do foro neonatal e em ações de formação pós-graduada.
4.8- Divulgação da área da Neonatologia na formação pré-graduada nomeadamente nas Faculdades de Medicina
- Comunicação
5.1- Promover a comunicação entre todos os Sócios, entre estes e outros profissionais de saúde, e com o público em geral, com especial enfase para pais e famílias.
5.2- Facilitar a integração multidisciplinar na SPN de Sócios com diferentes diferenciações na área da neonatologia.
5.3- Continuar a completa renovação do site da SPN, (bilingue), mantendo atualização frequente da Secção de Notícias, reativação da Secção “Para os pais”, criação de links remetendo para trabalhos que foram realizados pelos neonatologistas nacionais para a sua divulgação geral, e links para artigos de referência na área neonatal publicados internacionalmente.
5.4- Reativar o envio por mail de Boletim informativo/newsletter periodicamente. Procurar que os Sócios tenham uma participação ativa com envio de variados tipos de colaboração. A newsletter deverá ter link para o site da SPN.
5.5- Renovar a vitalidade do Fórum Neonatal como motor de troca de experiências e realidades de modo a fomentar a sua utilização.
6- Intervenção Social
6.1- Manter a colaboração com as Associações de Pais de Recém-nascidos Prematuros, outras Associações de apoio ao Recém-nascido e a crianças com necessidades especiais e a consultadoria técnica com a XXS.
6.2- Colaborar com a Sociedade Civil sempre que seja necessário esclarecimento técnico no âmbito da Neonatologia.
7-Aspectos organizativos
7.1- Manter, apoiar e dinamizar as Comissões existentes: Investigação, Consensos, Registo Nacional do MBP, Imagiologia do SNC, Bioética e Cuidados Paliativos Neonatais e da Nutrição.
7.2- Manter a estreita colaboração no Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral aos 5 anos
7.3- Colaborar estreitamente com o Gestor da página eletrónica, com o grupo Coordenador do Registo Nacional do MBP e com os Consultores de Epidemiologia.
7.4- Manter a ligação à UENPS através de representantes portugueses.
7.5- Manter a viabilidade económica. Considerar o apoio de entidades e empresas ligadas ou não à área da saúde.
7.6- Convocar reunião com o Conselho Consultivo sempre que tal seja pertinente.
Direção
Carmen Carvalho, Presidente, Centro Materno Infantil do Norte, Centro Hospitalar Universitário do Porto
Gabriela Mimoso, Secretário-geral, Maternidade Bissaya Barreto, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Eurico J Gaspar, Secretário adjunto, Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro, Vila Real
Edmundo Santos, Secretário adjunto, Hospital S. Francisco Xavier, Lisboa
Abílio Oliveira, Tesoureiro, Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, Penafiel