Novembro é o mês da prematuridade e 17 de novembro o dia mundial da prematuridade.
Roxo é a cor da sensibilização para a prematuridade.
Nascem anualmente 15 milhões de prematuros no mundo, ocorrendo 1 milhão de mortes.
Um em cada 10 bebés nasce prematuro (antes das 37 semanas de gestação).
A taxa de prematuridade varia entre 5% nalguns países da Europa e 18% em África.
A OMS tem como objetivo global para o milénio (2015) reduzir em 50% a taxa de mortalidade infantil nos países com taxa superior a 5%, sendo que a maior parte destas mortes ocorre no período neonatal causada pela prematuridade.
África e Ásia apresentam as maiores taxas de mortalidade infantil e maior número de prematuros. Na Europa 75% das mortes neonatais ocorrem em recém-nascidos prematuros.
Portugal tem uma das mais baixas taxas de mortalidade infantil (2,8/1000) e neonatal (2,1/1000) do mundo. O limite da viabilidade no nosso país situa-se nas 25 semanas (50% de sobreviventes).
A prevenção da prematuridade inclui: planeamento familiar, equidade aos cuidados de saúde, vigilância pré-natal, estado nutricional da mãe, campanhas de cessação tabágica, controle e tratamento de infeções.
A assimetria socioeconómica e no acesso aos cuidados de saúde são os principais fatores que explicam a abismal diferença quando se comparam as taxas de mortalidade infantil e neonatal da África e da Europa.
São fatores que melhoram o prognóstico, no grande prematuro, a administração pré-natal de corticoides, o transporte in útero para uma Unidade de nível III, a regionalização de cuidados perinatais, o nascimento em Unidade de nível III e ausência de transporte neonatal.
Ser prematuro é nascer antes do tempo o que tem grande impacto familiar e social. Quanto menor a idade gestacional e o peso, maior o risco de sequelas. Para os pais, o medo e a incerteza são uma constante tendo os profissionais de saúde um papel relevante junto da família.
No dia 17 de novembro, monumentos em todo o mundo cobrem-se de roxo para relembrar a causa da prematuridade, assim como nós pediatras e neonatologistas devemos relembrar estes “pequeninos” e suas famílias promovendo ações que visem reduzir a prematuridade.
Vamos vestir-nos de roxo?
Rosalina Barroso
Presidente da Secção de Neonatologia da SPP